quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crianças que respiram pela boca


Pode parecer apenas um problema estético, mas respirar pela boca pode trazer muito mais consequências do que isso.
A respiração bucal poder ser um sinal de que algo vai mal nas vias respiratórias superiores (boca, nariz, faringe, laringe), como alterações anatômicas que atrapalhem a passagem do ar (desvio de septo, adenóides hipertróficas - grandes) e alergias respiratórias (rinites, sinusites).
Além de poder ser um sintoma, a respiração bucal também pode trazer alterações como, por exemplo:
* alterações no desenvolvimento das suas arcadas dentárias levando à alterações na oclusão dentária - mordida aberta ou protrusão dentária;
* por consequência, alterações na matigação que ainda podem levar à alteração digestiva;
* piora do quadro respiratório devido às alterações anatômicas como diminuição do espaço aéreo nasal pelo posicionamento elevado do céu da boca (palato);
* alterações posturais adaptativas que começam com a anteriorização do pescoço (cabeça para frente) para aumento da passagem aérea na faringe, que leva à rotação interna de ombros, projeção anterior de quadril (a criança "senta no bumbum"), giro interno de joelhos e de pés (isto se dá por adaptações em cadeia);
* a criança tende a ficar mais cansada pois seu sono é de baixa qualidade e sua oxigenação não é das melhores.

Por isso, se você repara que seu filho respira mais pela boca do que pelo nariz, procure o pediatra para avaliação e possível indicação de um otorrino para avaliar as estruturas de aparelho respiratório, o odontopediatra para avaliar se há algum impacto da respiração bucal no desenvolvimento de arcadas dentárias e um fonoaudiólogo para reabilitação do padrão respiratório.

Na dúvida, converse com um especialista!

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