sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Crianças e remédios


Algumas pessoas tem por hábito ter uma tonelada de remédios em casa, quase uma farmácia, para as crianças, de maneira preventiva. Até acho que um antitérmico e analgésico, uma pomada ou outra, remédio para gases, não custa ter em casa mesmo.
Porém é preciso estar muito atento a dois fatos:
1) remédios coloridos e saborosos podem se tornar um veneno pois atraem as crianças que podem querer tomar em doses grandes e sem necessidade no momento;
2) o remédio indicado pelo médico em determinada situação não necessariamente servirá para outra situação semelhante, ou para outra criança.

Alguns remédios, com uso prolongado podem ser tóxicos, para diferentes sistemas e aparelhos do organismo, inclusive existem alguns que causam lesão do aparelho auditivo levando à perda da audição, alguns podem interferir diretamente no sistema nervoso, podem provocar crises convulsivas e levar à lesões neurológicas permanentes.

Minha sugestão é que mesmo os remédios mais "simples" como xaropes e analgésicos/ antitérmicos sejam comunicados ao pediatra, conferidas as dosagens para cada criança, e discutida a necessidade de cada medicamento para a situação atual.

Cuidado com as crianças nunca é demais!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Teste da orelinha para bebês


Entre os exames feitos nos primeiros momentos de vida do bebê, um muito importante é o teste da orelinha (otoemissões acústicas).
O objetivo do teste é fazer uma triagem, excluindo ao nascimento a presença de uma perda auditiva e acompanhar o desenvolvimento da audição durante o primeiro ano de vida.
As perdas auditivas congênitas (que a criança nasce com) de origem Neurossensorial bilateral (afeta nervo e/ou cérebro, dos dois lados) de grau severo ou profundo impedem o desenvolvimento da fala e da linguagem. As desordens condutivas (alguma alteração na transmissão do som ao nervo e cérebro), que normalmente aparecem na primeira infância, também necessitam monitoramento, pois afetam alguns segmentos da fala, interferindo na aprendizagem.

Pensando nisso, mesmo que não haja histórico familiar ou complicações durante a gestação que possam sugerir uma possível perda auditiva, vale a pena fazer o exame.

Ele é feito de forma rápida, indolor, com o bebê dormindo.
Na dúvida, pergunte ao seu pediatra e à fonoaudióloga.