segunda-feira, 23 de março de 2009

Disfonia Infantil



A Disfonia - alteração da voz - pode ocorrer não só em adultos, mas também em crianças. Nas crianças que falam muito e mais alto é até comum que isso ocorra, mas é preciso ficar atento nas suas consequencias. O que começa com abusos vocais considerados normais da idade por alguns, pode acarretar em nódulos ("calos") de pregas vocais (antes conhecidas como cordas vocais), e a demora no seu tratamento conservador (terapia fonoaudiológica) pode levar à intervenção cirúrgica para retirada desses nódulos.

Duas coisas são importantes no início do diagnóstico e tratamento: - saber se a criança fala alto por mal hábito ou por diminuição da audição, sendo importante uma audiometria para diagnóstico diferencial; - a segunda coisa é a avaliação de um otorrinolaringologista, preferencialmente com um exame de videolaringoscopia (video feito através de fibra ótica observando-se as pregas vocais no repouso e em movimento).

Tratar a voz de uma criança é bem mais difícil, na minha opinião, do que de um adulto, pois, honestamente, os exercícios de respiração não são tão divertidos, e se a criança fala alto por hábito, significa que ela deve ser agitada e convencê-la a ficar parada prestando atenção à respiração não é tarefa fácil. Ainda assim, é muito importante iniciar precocemente o tratamento para evitar problemas maiores e persistentes no futuro.

Se seu filho fala alto e tende a ficar com as veias do pescoço saltadas quando fala, fica rouco com alguma frequencia, procure um fonoaudiólogo e um otorrino para avaliar e tratar seu filho.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Fono + ortodontia = sucesso do sorriso da criança


Claro que não é regra, e como sempre digo, nenhum radicalismo pode ser realmente bom. Mas, em um número significativo de casos, é necessário o acompanhamento fonoaudiológico junto ao tratamento ortodôntico para que este tenha êxito mais rápido e minimizando a chance de reincidiva (retorno) da alteração.
Isto acontece porque o desenvolvimento ósseo e o muscular se dão de forma coordenada e com influência de um sobre o outro.
Uma pessoa com o queixo projetado para frente (classe III), por exemplo, tende a manter a língua rebaixada e/ou interposta aos dentes superiores e inferiores, crianças que respiram predominantemente pela boca, além da mandíbula abaixada, fica com a língua abaixada para facilitar a respiração, com isso, há uma grande pressão da língua sobre os dentes inferiores, projetando-os para frente, e uma grande pressão da passagem do ar pela boca, levando o "céu da boca" a se tornar mais estreito e profundo.
Pensando nessa combinação de ações entre músculo x osso, é que se torna importante pensar na possibilidade de uma avaliação fonoaudiológica quando houver indicação de tratamento ortodôntico para a criança.

Se o seu dentista indicou aparelho, converse com ele e procure orientação de um fonoaudiólogo!