quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Estimular é preciso



Estive em São Paulo no final das férias das crianças e no fim de tarde de sábado resolvemos "matar o tempo" num museu, programa que adoro. Fomos ao MIS, mas o acervo permanente estava fechado para reforma, então fomos ao MuBE - Museu Brasileiro de Esculturas, que é ao lado, no mesmo portão de estacionamento.

Além do jardim agradável com algumas obras bem legais, estava tendo a exposição do Brecheret - muito bonita por sinal. Foi incrível acompanhar a curiosidade do meu enteado de 6 anos, perguntando sobre os materiais utilizados, comparando as obras e querendo saber o que as placas contavam da vida do artista.

Isso tudo é para mostrar que criança pode sim gostar de ir à Museus, basta você saber do que ela gosta e achar o foco de interesse, no caso do Mateus foram os materiais utilizados e como eles podem ser diferentes dependendo da maneira como é tratado.

Minha filha foi à exposição do Monet com 2 anos e meio e falou dele durante 1 ano inteiro!
Além do interesse pela cultura, estas visitas e passeios possibilitam análise crítica, desenvolvimento do vocabulário, estimulam a criatividade e tornam as crianças mais abertas à novas experiências.

Não duvide da capacidade das crianças de aproveitarem passeio diferentes!
Um abraço,

Cynthia Jacques

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Voltando ao assunto: Gagueira Infantil


Devido ao enorme número de comentários no post de novembro de 2008 sobre Gagueira Infantil, resolvi escrever novamente sobre o tema, já que desperta tamanho interesse e principalmente, ansiedade em pais, parentes, professores que lidam com crianças com Disfemia (gagueira - disfluência).

Normalmente, a Gagueira está associada à fatores emocionais como medo, ansiedade e estresse. Não é difícil perceber que em situações de tensão como discursos, apresentações, discussões, todos nós apresentamos momentos de disfluência na fala. Estas disfluências podem acontecer na forma de bloqueios (pausas entre sílabas ou dificuldade para iniciar uma palavra), repetições ou prolongamentos, ou ainda, a combinação das duas. Além disso, usamos palavras ou gestos de apoio para ajudar-nos a "fugir" dos bloqueios ou conseguir um "tempinho" a mais para colocar as idéias e as cadeias de movimentos musculares em ordem.

Uma criança entre 1 e 3 anos está em franco desenvolvimento do seu potencial linguístico, com aumento expressivo do seu vocabulário, além, é claro, da enorme vontade de falar (repare que elas falam quase que sem parar na maioria das vezes). Muitas vezes, sua ansiedade é tanta, que o pensamento é mais rápido que a capacidade dos músculos ligados à fala de executarem os movimentos corretos da fala, bem como organizar todas essas idéias às vezes se torna confuso. Assim, é comum momentos de gagueira nas crianças desta faixa etária.

O problema é que às vezes, na preocupação em consertar ou ajudar a criança, geramos uma tensão e ansiedade ainda maior nela, fazendo com que esses bloqueios ou disfluências se acentuem. Aí sim podemos ter uma gagueira patológica se instalando. São sinais da Disfemia Patológica a inibição para fala (a criança evita responder de forma verbal), repetição de palavras de interligação, mesmo que elas não façam sentido na frase (mas, aí, então, ...), movimentos associados aos momentos de bloqueio (bater o pé, apertar as mãos, tiques de cabeça, piscar olhos com força,...).

Como a disfluência é muito ligada à questões emocionais, sejam ela causa ou efeito da gagueira, é sempre bom pensar não só na avaliação e acompanhamento fonoadiológico, mas também numa avaliação e possível acompanhamento psicológico.

O importante é tentar não deixar a criança ansiosa ou tensa para falar e na dúvida, consulte um fonoaudiólogo!

Um abraço,

Cynthia Jacques

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Psicomotricidade


Sim, este nome está na moda!
Vários espaços novos, pelo menos no Rio, estão sendo criados com objetivo de estimular as crianças, desde muito cedo.
A psicomotricidade diz respeito ao desenvolvimento motor e sua relação com as experiências corporais individuais, com o meio e com o outro, permitindo o aprendizado nas áreas cognitiva, emocional, motora, social, ambiental...
Todas essas experiências vão influenciar no desenvolvimento global da criança para toda a vida, desde os movimentos e coordenação motora amplos, até os movimentos mais finos e sutis como a própria escrita, sua maneira de relacionar-se com os outros e com o meio.
Assim, é muito importante permitir à criança experiências táteis, sensoriais, cinestésicas (movimento), permitindo que ela usufrua de espaços amplos, diferentes texturas (brincar na areia, na terra, contato com a água em diferentes temperaturas e movimentos - só na banheirinha não serve, entrr em contato com outras crianças e adultos, sentir diferentes aromas).
Pode parecer simples e óbvio, mas não é!
Cada pequena brincadeira, gesto e contato é um passo no desenvolvimento, inclusive da linguagem, e quanto maior o número de experiências, maior o número de informações e maior o leque de possibilidades essa criança terá.

Então: movimente-se!!
Abraços

terça-feira, 14 de julho de 2009

Crianças Bilingues


Pesquisas indicam que outras línguas, diferentes da materna, aprendidas antes dos 7 anos de idade são armazenadas no cérebro no mesmo local que a língua materna. Daí se explica a segunda língua ser bem falada, como a primeira por estas pessoas.
Porém, é muito importante para crianças que tenham contato com mais de uma língua (em especial mais de 2!) desde o nascimento ou na primeira infância, direcionar estas diferentes línguas. Ou seja, deve-se deixar claro quem fala que língua e manter certos padrões.

Exemplificando:
Uma criança com mãe brasileira e pai alemão morando em país de língua inglesa. Cada um dos pais pode falar a sua língua materna com a criança e usar o inglês como língua universal (conversas entre o casal e utilizada fora de casa).
O que é realmente importante é manter este padrão escolhido, evitando mudar, ou seja, a mãe falar também, às vezes, em alemão com a criança, por exemplo.

A chance de uma criança bilingue ou poliglota demorar mais a começar a falar é grande, mas não regra. Fique atento, tente manter os padrões. E na dúvida, procure orientação de um fonoaudiólogo!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Fisioterapia Respiratória Preventiva para Crianças


Acho que já mencionei mais de uma vez a questão da respiração bucal e suas consequências. Então, hoje, depois de conversar sobre o assunto com minha amiga e dentista Fernanda Vaz Doring, recebi o artigo de outra amiga querida com assunto interessante na mesma área.
Assim, segue o artigo da Fisioterapeuta Sandra R. da Silva (CREFITO 2 36970 F):

"Fisioterapia Respiratória x Inverno"

"Com a chegada da estação mais fria do ano, aumentam os casos de infecções respiratórias bem como o aparecimento de doenças respiratórias alérgicas e, a população mais afetada é a de crianças, o que leva à grande procura dos pais ao Pronto Socorro.
Pesquisas mostram que pacientes que são acompanhados, principalmente no inverno por terapias respiratórias, vem apresentando bons resultados e até mesmo diminuição do uso de medicamentos. Técnicas especiais e exercicios que facilitam a remoção do muco vem tendo grande aceitação tanto na parte curativa quanto preventiva. Procure um fisioterapeuta, oriente-se, viva o inverno sem alergias!"

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Colaboradoras em Fonoaudiologia.


Como viram, a última postagem foi a colaboração de uma fonoaudióloga, dentre algumas, que admiro muito o trabalho (além da pessoa).
Isto faz parte de um novo projeto: resolvi convidar algumas amigas e amigos, fonoaudiólogos ou de outras áreas da saúde e educação, para colaborarem com textos e artigos para o blog.
Os objetivos são:
* ouvir novas opniões e discutir assuntos com diferentes visões;
* aumentar a gama de informações a partir de visões de outras especialidades.

Até porque, noção de vários assuntos relacionados à fonoaudiologia eu tenho, mas poder contar com a ajuda de pessoas especializadas em áreas que eu não sou vão ajudar a enriquecer as discussões.

então, aproveitem para se deliciar com a companhia de novos colaboradores de tempos em tempos por aqui!

Abraços,
Cynthia Jacques

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Amamentação - por Flávia Curvão


Todos sabemos que a gestação é um tempo de expectativas e inúmeras preocupações. É tempo de pensar nos exames que devem ser feitos, na preparação do quarto do bebê, nas roupinhas, no nome, nos padrinhos, e em muitas outras coisas. Mas você já pensou em como vai alimentar seu filho assim que ele nascer?
A Organização Mundial de saúde preconiza o aleitamento maternos exclusivo até os 6 meses de idade, ou seja, até essa idade o seu filho só precisa receber o seu leite e mais nada. Nada mesmo. Nem água, nem chá, nem suquinhos. Somente os remédios prescritos pelo pediatra podem ser dados. O seu leite é rico em todos os nutrientes que o seu bebê precisa para crescer forte e saudável. Não tenha medo! O seu leite é próprio para o seu bebê e passa para ele vacinas que diminuem os riscos dele ficar doente. Aos 6 meses, você deve começar a oferecer a ele outros alimentos, mas continue amamentando até os 2 anos ou mais.


Obrigada à Fonoaudióloga Flávia Curvão, nova colaboradora do Blog!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Como encontrar um fonoaudiólogo para o seu filho?


Nem sempre esta tarefa de achar um fonoaudiólogo é simples. O dentista, o otorrino, o pediatra ou a escola indicou uma avaliação e um possível acompanhamento fonoaudiológico, mas eles tem apenas um fono de referência que não necessariamente atende a área que você precisa (assim como médicos, fono tem áreas de especialidades e muitas vezes o profissional restringe sua área de atuação de acordo com sua especialidade) ou fica numa parte da cidade que não é de muito fácil acesso para você e seu filho.

O melhor, sem dúvida, é ir à um profissional que seja indicado ou por outro profissional, da mesma área ou não (outro fono ou médicos, dentistas, pedagogos, fisioterapeutas, etc). Mas caso não consiga posso sugerir a listagem do site Kids in Rio. Lá estão cadastradas alguns profissionais fonoaudiólogos com seus contatos e um pequeno currículo. Assim você pode saber a área de atuação deste profissional e onde ele atende. Depois é só entrar em contato para que você o conheça e avalie.

Para visitar a página de fonoaudiólogos no site do Kids in Rio, clique no link:

http://migre.me/1nGJ

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Audição, aprendizagem e criança



Existem perdas auditivas que não são detectadas com tanta facilidade, pois as perdas tem graus diferentes e podem atingir faixas de frequência específicas.
Uma perda leve a moderada ou em determinada frequência pode não dar sianis tão claros. A criança pode passar por distraída, desligada ou desobediente. O problema é que além dessas características não tão simpáticas, essas perdas podem atrapalhar o processo de aprendizagem desde a fala até a leitura e escrita.
Por ouvir mal ou de forma algo distorcida a criança pode "perder" determinadas sutilezas da nossa fonética aprendendo a falar de forma errada (é comum nesses casos, por exemplo, o ensurdecimento de alguns sons como trocas de Z por S - fazenda = facenda; B por P - bola +pola; ou ainda omissão de alguns sons).
Na época da aprendizagem da leitura e da escrita, não perceber essas diferenças auditivas pode atrapalhar no processo de alfabetização pois a diferença entre os grafemas (símbolos escritos para os fonemas - sons da fala) está muito correlacionada com a diferença dos fonemas, e se a criança não percebe estas diferenças como poderá saber se deve escrever com F ou V?
Ainda na escola, a dificuldade pode aparecer por "falta de atenção", ou seja, perda do conteúdo didático por não escutar tão bem.

Por isso é importante o Teste da Orelinha feito logo após o nascimento e o acompanhamento durante toda a infância.

Na dúvida, pergunte ao pediatra, ao otorrino ou ao fonoaudiólogo que exames podem ser feitos preventivamente e quais são os fatores de risco para perda auditiva.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Crianças que respiram pela boca


Pode parecer apenas um problema estético, mas respirar pela boca pode trazer muito mais consequências do que isso.
A respiração bucal poder ser um sinal de que algo vai mal nas vias respiratórias superiores (boca, nariz, faringe, laringe), como alterações anatômicas que atrapalhem a passagem do ar (desvio de septo, adenóides hipertróficas - grandes) e alergias respiratórias (rinites, sinusites).
Além de poder ser um sintoma, a respiração bucal também pode trazer alterações como, por exemplo:
* alterações no desenvolvimento das suas arcadas dentárias levando à alterações na oclusão dentária - mordida aberta ou protrusão dentária;
* por consequência, alterações na matigação que ainda podem levar à alteração digestiva;
* piora do quadro respiratório devido às alterações anatômicas como diminuição do espaço aéreo nasal pelo posicionamento elevado do céu da boca (palato);
* alterações posturais adaptativas que começam com a anteriorização do pescoço (cabeça para frente) para aumento da passagem aérea na faringe, que leva à rotação interna de ombros, projeção anterior de quadril (a criança "senta no bumbum"), giro interno de joelhos e de pés (isto se dá por adaptações em cadeia);
* a criança tende a ficar mais cansada pois seu sono é de baixa qualidade e sua oxigenação não é das melhores.

Por isso, se você repara que seu filho respira mais pela boca do que pelo nariz, procure o pediatra para avaliação e possível indicação de um otorrino para avaliar as estruturas de aparelho respiratório, o odontopediatra para avaliar se há algum impacto da respiração bucal no desenvolvimento de arcadas dentárias e um fonoaudiólogo para reabilitação do padrão respiratório.

Na dúvida, converse com um especialista!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Psicomotricidade e escrita


A Psicomotricidade é a área que trabalha a relação cognição - movimento - afeto. Nós, seres humanos, aprendemos através da nossa relação com o meio, através dos sentidos e, especialmente, pelo movimento.
A estimulação motora do bebê e da criança, sempre respeitando as etapas do desenvolvimento, pode ser determinante no sucesso ou fracasso no grafismo de uma criança.
Não que todas as crianças tenham o mesmo talento para pintura, desenho, caligrafia ou escultura, mas para a escrita, é necessário uma habilidade mínima da motricidade fina (movimentos sutis e precisos, envolvendo grupos musculares específicos).

Assim, estimule seu bebê a rolar no berço, a segurar os objetos, no período correto, a comer sozinho (mesmo que isso represente trabalho dobrado de limpeza depois), a utilizar as duas mãos para as diversas atividades diárias, mesmo que uma das mãos como auxiliar.

Tarefas e brincadeiras simples podem ajudar muito. Vale lembrar que a motricidade fina se apóia no bom controle motor amplo (equilíbrio e marcha). Então, primeiro estimule a criança com movimentos amplos e de equilíbrio: levantar a cabeça, sentar-se, andar, pular tirando os dois pés do chão, depois batendo os pés no bumbum, pular num pé só, brincar de bambolê, jogar bola com os pés e com as mãos.
Depois, estimule as atividades de motricidade fina com atividades como: segurar objetos, dar tchauzinho e fazer "jóia"com o polegar, chocalho, tambor, massinha, picar jornal com as mãos para preparar massa de papel machê, fazer bolinhas de papel amassando-o cada vez com uma das mãos, jogos de encaixe, recorte com tesoura para os maiores.

Uma criança ativa e bem estimulada tende a ter menos dificuldades escolares. Mas, mesmo assim, pode acontecer algum contratempo, portanto não se culpe por isso, e procure ajuda profissional se isso acontecer.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Criança tem que mastigar!


Já falamos aqui sobre a importância e influência da musculatura orofacial (boca e rosto) no desenvolvimento da face da criança. Mas como saber se a criança está fazendo bom uso dos seus músculos para favorecer o crescimento crânio facial de maneira saudável?

É preciso estar atento às funções desta musculatura: respiração, sucção, mastigação, deglutição e fala.
Alterações nestas funções podem levar à alterações no desenvolvimento crânio facial como, por exemplo, mordida cruzada ou aberta.

Assim, é importante respeitar e seguir as etapas de desenvolvimento da criança. A recomendação dos pediatras na modificação da alimentação dos bebês, acrescentando alimentos e modificando as consistências tem vital importância no desenvolvimento e crescimento facial, estimulando e acompanhando as mudanças na estrutura da criança.
Assim, temos uma referência de períodos para esta modificação dos alimentos para melhor estimular, sem apressar ou atropelar etapas. Mais uma vez, é importante lembrar que estas tabelas são referências, podendo ser modificadas conforme a necessidade de cada criança, seguindo orientações médicas e de profissionais da saúde como nutricionistas e fonoaudiólogos.

0 à 2 meses
Reflexos Orais
Postura primitiva de boca
Mamadeira X Seio Materno
3 à 4 meses
Amassamento na mastigação
Mamadeira X Seio Materno
Mandíbula mais estabilizada
5 à 6 meses
Lábios abertos na deglutição
Língua se movimenta em todas as
direções
Mamadeira X Seio Materno
Introdução de Alimentos pastosos (sucos e sopas)
7 à 8 meses
Lábios com movimentos para baixo
e para frente
Alimentos pastosos e amassados,
legumes cozidos, frutas raspadas
9 à 10 meses
Capaz de beber em copo
legumes cozidos, frutas em peda-
ços, biscoitos
11 à 12 meses
Eleva ponta de língua
Lábios fechados na deglutição
Inicia alimentação próxima da do
adulto - sólidos

Então, lembre-se de não tentar pular etapas achando que seu filho é muito esperto, nem seja conivente com a preguiça do seu filho em comer e de mastigáveis quando ele estiver na época de fazê-lo!

Na dúvida, procure orientação de um fonoaudiólogo!
Abraços.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Disfonia Infantil



A Disfonia - alteração da voz - pode ocorrer não só em adultos, mas também em crianças. Nas crianças que falam muito e mais alto é até comum que isso ocorra, mas é preciso ficar atento nas suas consequencias. O que começa com abusos vocais considerados normais da idade por alguns, pode acarretar em nódulos ("calos") de pregas vocais (antes conhecidas como cordas vocais), e a demora no seu tratamento conservador (terapia fonoaudiológica) pode levar à intervenção cirúrgica para retirada desses nódulos.

Duas coisas são importantes no início do diagnóstico e tratamento: - saber se a criança fala alto por mal hábito ou por diminuição da audição, sendo importante uma audiometria para diagnóstico diferencial; - a segunda coisa é a avaliação de um otorrinolaringologista, preferencialmente com um exame de videolaringoscopia (video feito através de fibra ótica observando-se as pregas vocais no repouso e em movimento).

Tratar a voz de uma criança é bem mais difícil, na minha opinião, do que de um adulto, pois, honestamente, os exercícios de respiração não são tão divertidos, e se a criança fala alto por hábito, significa que ela deve ser agitada e convencê-la a ficar parada prestando atenção à respiração não é tarefa fácil. Ainda assim, é muito importante iniciar precocemente o tratamento para evitar problemas maiores e persistentes no futuro.

Se seu filho fala alto e tende a ficar com as veias do pescoço saltadas quando fala, fica rouco com alguma frequencia, procure um fonoaudiólogo e um otorrino para avaliar e tratar seu filho.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Fono + ortodontia = sucesso do sorriso da criança


Claro que não é regra, e como sempre digo, nenhum radicalismo pode ser realmente bom. Mas, em um número significativo de casos, é necessário o acompanhamento fonoaudiológico junto ao tratamento ortodôntico para que este tenha êxito mais rápido e minimizando a chance de reincidiva (retorno) da alteração.
Isto acontece porque o desenvolvimento ósseo e o muscular se dão de forma coordenada e com influência de um sobre o outro.
Uma pessoa com o queixo projetado para frente (classe III), por exemplo, tende a manter a língua rebaixada e/ou interposta aos dentes superiores e inferiores, crianças que respiram predominantemente pela boca, além da mandíbula abaixada, fica com a língua abaixada para facilitar a respiração, com isso, há uma grande pressão da língua sobre os dentes inferiores, projetando-os para frente, e uma grande pressão da passagem do ar pela boca, levando o "céu da boca" a se tornar mais estreito e profundo.
Pensando nessa combinação de ações entre músculo x osso, é que se torna importante pensar na possibilidade de uma avaliação fonoaudiológica quando houver indicação de tratamento ortodôntico para a criança.

Se o seu dentista indicou aparelho, converse com ele e procure orientação de um fonoaudiólogo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Dislexia


A dislexia é uma dificuldade específica na aprendizagem da leitura e da escrita. Com este tipo de dificuldade é comum a idéia, errada, de que a criança não é inteligente. Não só não acontece isso, como muitas vezes se dá o crontrário, vemos crianças muito inteligentes, com habilidades de raciocínio lógico e motoras acima da média.
Você sabia que Einstein era disléxico, foi reprovado algumas vezes na escola?

A dislexia pode algumas vezes estar associada ao quadro de TDAH - transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, onde a criança pode ser extremamente desatenta e/ou agitada. Muitas vezes a tríade não acontece junta, ou temos uma das 3 características mais acentuada que as outras.

Algumas vezes o atraso de linguagem pode estar associado a dislexia, mas não é regra. Hoje, acredita-se no fator hereditariedade para a dislexia, assim, se você sabe da dificuldade para aprender a ler e escrever na família da criança, fique atento à possíveis sinais, em especial na escola ou creche, ainda na educação infantil.

Na dúvida, consulte um fonoaudiólogo.