terça-feira, 14 de julho de 2009

Crianças Bilingues


Pesquisas indicam que outras línguas, diferentes da materna, aprendidas antes dos 7 anos de idade são armazenadas no cérebro no mesmo local que a língua materna. Daí se explica a segunda língua ser bem falada, como a primeira por estas pessoas.
Porém, é muito importante para crianças que tenham contato com mais de uma língua (em especial mais de 2!) desde o nascimento ou na primeira infância, direcionar estas diferentes línguas. Ou seja, deve-se deixar claro quem fala que língua e manter certos padrões.

Exemplificando:
Uma criança com mãe brasileira e pai alemão morando em país de língua inglesa. Cada um dos pais pode falar a sua língua materna com a criança e usar o inglês como língua universal (conversas entre o casal e utilizada fora de casa).
O que é realmente importante é manter este padrão escolhido, evitando mudar, ou seja, a mãe falar também, às vezes, em alemão com a criança, por exemplo.

A chance de uma criança bilingue ou poliglota demorar mais a começar a falar é grande, mas não regra. Fique atento, tente manter os padrões. E na dúvida, procure orientação de um fonoaudiólogo!

6 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso seu blog adorei e já estou acompanhando. Visite os meus também. Abs

Cynthia Jacques disse...

Muito obrigada Cristina. Vou visitar os seus agora mesmo!
Abraço,
Cynthia Jacques

Anônimo disse...

Prezada Cynthia Jacques,

Primeiramente, gostaria de me apresentar: sou Marcele Trigueiro, arquiteta brasileira, professora do Centro Universitário de João Pessoa e da Universidade Federal de Campina Grande, e doutora em urbanismo pelo Instituto Nacional de Ciências Aplicadas de Lyon (INSA), na França.

Venho, através desta mensagem, solicitar uma orientação de sua parte acerca do bilinguismo. De fato, encontrei na Internet seu blog e creio que a senhora poderia me ajudar.

Para tanto, vou apresentar brevemente minha situação: apesar de ser brasileira, sou bilíngue português-francês, pois fiz minha escolaridade na França assim como toda minha pós-graduação. Estou hoje de volta ao Brasil e sou casada com um brasileiro. Nosso primeiro filho nasceu há dois meses e eu gostaria muito de poder lhe transmitir a língua francesa. O problema é que todas as informações recolhidas na Internet acerca do bilinguismo concernem lares bilíngues e esse não é nosso caso, considerando que eu e meu marido somos brasileiros e falamos português em casa.

Gostaria de ter uma orientação profissional, mas em João Pessoa (PB), onde moro, não há especialistas no assunto aptas a me atender. Preocupo-me em saber se posso falar as duas línguas com meu bebê ou, para que não haja confusões linguísticas, se devo me restringir à apenas uma língua. Um dos problemas que antecipo é que, sendo brasileira, invariavelmente falarei em português com outras pessoas e temo que meu bebê não entenda nada e fique prejudicado em seu aprendizado.

Agradeceria imensamente suas informações: talvez a senhora possa me orientar ou me direcionar a algum colega nordestino, que tenha conhecimento do assunto.

De qualquer forma, deixo aqui meu telefone de contato, caso a senhora venha a ler esta mensagem e se interessar pelo caso: (83) 9136 0698.

Agradecendo antecipadamente toda orientação,

Marcele Trigueiro

Anônimo disse...

Olá!

Sou professor de Inglês e desde que minha filha nasceu conversamos com ela em Inglês. A minha única preocupação é que ela tem 2 anos e ainda não está falando nada (nem em Pt, nem em En) embora saibamos que ela já entende muito.

Isso é normal mesmo?

Tenho lido alguns artigos científicos da área que dizem que as crianças bilíngues normalmente começam a falar depois dos 3 anos e meio de idade.

Foi o que me aliviou!

Agradeceria seus cometários!

Abraços,


Ivan

Cynthia Jacques disse...

Olá Ivan!
É realmente muito comum que as crianças bilingues demorem mais a falar, e também, que quando começam, já o façam com um vocabulário mais extenso.
O que é muito importante, na minha opinião, é que os pais deixem bem claro qual língua usam com a criança e qual é a língua do convívio social.
Por exemplo: vocês podem escolher que o pai fala em inglês e a mãe em português, ou que entre vocês, pais, a língua oficial é o português e com a criança é o inglês. Pode-se ainda usar limites territoriais para cada língua, ou seja, em casa fala-se somente em inglês, mas da porta para fora, fala-se português.
O que é realmente importante é não fazer misturas para que a criança consiga "separar" as línguas!
Espero ter dado uma ajudinha!

Um abraço,

Cynthia Jacques

Anônimo disse...

Muito obrigado pela resposta, foi de grande valia!

Forte abraço,

Ivan