segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Quando a criança deve fazer fono?


É muito comum a dúvida sobre qual a idade "certa" para iniciar o tratamento fonoaudiológico, em especial com relação aos atrasos de linguagem e às dislalias - trocas dos sons da fala.
Também é comum ouvir alguns profissionais como pediatras, dentistas e até alguns fonoaudiólogos indicarem a terapia depois dos 4 ou 5 anos de idade.
Porém está é a faixa de idade onde todos os sons da fala (língua materna) já devem estar instalados e automatizados e o vocabulário já deve ser bastante desenvolvido (conta de 4 a 10 objetos, larga expansão gramatical, se interessa pelo significado das palavras, e desenvolve a habilidade e capacidade do uso dos elementos de linguagem).
Assim, se esperarmos para avaliar e tratar as alterações do desenvolvimento da fala e linguagem só quando estas já deveriam estar totalmente formada, poderemos expor a criança à maiores dificuldades e prolongar estas dificuldades que poderiam ser sanadas precocemente. Também é possível que se aguardarmos todo este tempo, outras alterações e dificuldades podem se instalar, como por exemplo a dificuldade para aprendizagem da leitura e da escrita.
Não quer dizer que eventualmente estas dificuldades realmente "desapareçam" até os 5 anos sem o atendimento fonoaudiológico, mas eu acredito que, nestes casos, não devemos esperar para ver!

Na dúvida, procure a orientação de um fonoaudiólogo.
Abraços!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Dente de criança


Toda criança passa por uma fase do crescimento facial que chamamos de fase do patinho feio, isso porque todos sempre ficam dentuças, com os dentes da frente superiores muito grandes com relação ao rosto.
Mas estes dentes "estranhos" fazem parte do desenvolvimento normal. Os dentes são aparentemente grande em proporção ao rosto pois estes são os dentes definitivos que o acompanharão por toda a vida e já erupcionam no tamanho "adulto". Além disso os incisivos centrais superiores (dentes da frente) nascem mais projetados para frente (dentuço) e com espaçamento maior do que o habitual entre eles. Isto acontece para permitir que os próximos dentes trocados tenham espaço suficiente na arcada. Num desenvolvimento considerado normal, quando os caninos erupcionam, eles naturalmente corrigem estas "alterações" empurrando os 4 dentes centrais para a posição adequada.
Pensando neste desenvolvimento normal, é comum que os ortodontistas só aconselhem o uso de aparelhos após a erupção dos caninos definitivos, o que se dá em torno dos 11 anos de idade.
Porém, é importante que o odontopediatra acompanhe o desenvolvimento das trocas dentárias para diagnóstico precoce de maloclusões (desvios na mordida e alterações de arcada) minimizando as consequências e favorecendo um tratamento mais rápido, eficaz e definitivo.
Também é importante estar atento às possíveis alterações funcionais que levem à alterações de mordida e do desenvolvimento crânio-facial como respiração bucal, deglutição adaptada, hábitos viciosos orais (chupeta, mamadeira, chupar dedos) para que estas possam ser "corrigidas" permitindo o sucesso do tratamento ortodôntico.

Visite o dentista regularmente!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Bebês com Refluxo Gastroesofágico


É bastante frequente a doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) em bebês, e algumas vezes isto pode se estender pela primeira infância.
O Refluxo se dá quando o alimento retorna do estômago para o esôfago (tubo muscular que conecta a garganta / boca ao estômago para passagem do alimento), nem sempre chegando a ser visível, isso porque nem sempre há vômito.
O Refluxo gera dor e desconforto pois o alimento que retorna do estômago está acrescido do ácido gástrico e o tecido do esôfago que recebe este alimento não está preparada para o contato com o ácido, queimando e causando dor.
A persistência do refluxo pode levar o bebê a associar a alimentação à dor levando à recusa alimentar.

Se você notou que seu bebê regurgita com frequência ou que dá sinais de dor ou desconforto durante e após se alimentar, ou ainda, que ele está se recusando a comer / mamar, procure o pediatra relatando estes sintomas e pergunte sobre a possibilidade do seu bebê apresentar refluxo.

Além disso, tente seguir estas orientações:
- diminua o volume de alimento oferecido por refeição (mesmo no seio) e aumente o número de ofertas por dia;
- após a alimentaçao não deite seu bebê, mesmo depois de arrotar, deixando-o à pelo menos 45o. de inclinação ou sentado por no mínimo 30 minutos;
- após este intervalo, se for deitá-lo, coloque-o sobre o lado direito (existem almofadas que ajudam a manter o bebê nesta posição em lojas especializadas). Isto ajuda a facilitar o esvaziamento do estômago e diminuir o risco de refluxo;
- se possível, inclinar a cama ou colocar uma almofada para manter o tronco do bebê com a inclinação de 45o.

A chamada sucção não nutritiva (chupetas ou o dedo da mãe) também ajuda a aliviar a dor e queimação causadas pelo refluxo.

Mas não esqueça: CONSULTE O PEDIATRA PARA DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.